Benvindos!

A idéia de criar este espaço surgiu aos poucos. Nasceu da necessidade de expandir o grupo de pessoas com as quais me correspondo ou com as quais converso sobre temas de interesse em comum. Desejo que seja um lugar de troca de idéias e informações, mas , sobretudo, de boa conversa, democrática e sem preconceitos. Mais uma vez, benvindos.



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Violência e permissividade II

Poucos dias após escrever aqui texto sobre nossa propensão em realizar comportamentos violentos e/ou de burla a regras, e  de aceitá-los como normais, aconteceu o evento na Linha Amarela. No episódio um  caminhão, com a caçamba erguida, derrubou uma passarela causando, até o momento, cinco mortes e igual número de feridos (http://oglobo.globo.com/rio/cacambas-nao-levantam-sozinhas-diz-especialista-11433935).

Não vou me demorar no que já escrevi antes.
Somente desejo, com este infeliz acontecimento, observar como, mais uma vez, estão presentes os comportamentos que diariamente fazem dezenas de vítimas pelo nosso país afora.

Segundo depoimentos de pessoas que trafegam por aquela pista é comum caminhões passarem pela Linha Amarela em horários  que lhe são vedados. Comum também é que muitos o fazem com as caçambas erguidas para esconderem a placa, de forma a evitar multas.

Bem, sem querer aliviar a responsabilidade dos órgãos municipais do Rio de Janeiro que devem exercer
a fiscalização da auto-pista, eu pergunto: se tal procedimento é comum, muito embora irregular, por que    nada foi feito até o momento em que a tragédia aconteceu ? Agora  a imprensa se compraz em realizar "denúncias" sobre  caminhões que circulam pela pista em horários a eles proibidos. Há também  os comentários de sempre, colocando a culpa exclusivamente em cima dos órgãos públicos municipais,  a polícia, a empresa responsável pela via, etc. Onde está, porém, a responsabilidade de cada um de nós ? Se é comum a infração, por que aqueles que por lá circulam não tomaram alguma providência ? Hoje, com os recursos de telefone celular, redes sociais e sei lá mais o que, fazer uma imagem ou vídeo e colocar na internet é coisa quase que banal.

E os motoristas dos caminhões ? Não conhecem as regras ? Não sabem quando estão realizando ato infracional e perigoso (sim, mesmo que não fosse infração a uma regra escrita, o ato em si de levantar a caçamba de um caminhão em alta velocidade não sugere grave possibilidade de perigo ou dano ?).

Cada um cuida de seus interesses e o bem coletivo fica ao Deus dará. Ou melhor, cada um imagina que cuidar do interesse coletivo é obrigação do Estado e das autoridades e de ninguém mais. Daí, o festival de irregularidades que assistimos quotidianamente sob os olhares tolerantes de quase todos.

As concessões não acabam, infelizmente, por aí. Segundo reportagens, o caminhoneiro responsável pelo ocorrido responderá, provavelmente, por homicídio culposo. Então, deixe-me ver se entendi: agora ele irá responder o processo em liberdade, partindo do pressuposto que ele não foi capaz de prever a possibilidade do resultado de dirigir em alta velocidade com a caçamba erguida.

Se não for provado, no sentindo  mais estrito do termo que possamos imaginar, que ele era apto para prever  os riscos de sua forma de dirigir, ele nunca irá pagar por seu crime (sim, porque crime é a única palavra que define tamanha irresponsabilidade).  Cá entre nós, o Estado não lhe concedeu uma Carteira Nacional de Habilitação, dando conta de que ele é  capaz ? Como assim ele não conseguiu prever a possibilidade ?

É gritante a diferença que há entre os números de pessoas que morrem todos os anos no Brasil por conta do trânsito e o número de pessoas que estão em nossas prisões devido ao envolvimento com os ditos "acidentes".  Mais um dado de nossa tolerância com  a violência e com os comportamentos irresponsáveis.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

The dark side of corporative world


"It seems I'm always frustrated
When I should be satisfied
But as long as I'm frustrated
I know I'm still alive" (Edge of a Knife - Cirith Ungol)



Sometimes I ask myself: "It's only me that don't like my job ?" No, I know many don't like their own job; but I hate mine so much. I hate it mainly, but not  only, because of people I meet there and the unwritten rules of how to be a "good" professional.

Let's not forget the hypocritical social etiquette. It also has considerable weight in the corporate environment. It is so oppressing that almost always when I act like a "good" employee I become frustrated. 

For example, when I see one or two beautiful women working in the principal's office  coming to work when they want and leaving it anytime they want, and  with no clear tasks except as  "aides" of the principal,...well I would like to call it by the real name, but social rules and working environment require me to pretend that I have noticed nothing. 

Or, and it happened for real, when someone decides to put a friend's son in my department, just near me, because he is a useless idiot who cannot do anything right and his father wants him to assume responsibilities. Almost immediately, the moron begins to pollute the environment with his gutter character. I have to shut myself down mentally. 

What is expect from you is that you don't be human being anyway in your work place. We are more like robots with only two objectives: obey orders and give the company profits/results. 

I'm expected to spend hours per day and the most part of my life being someone distant from whom I'm  really are. Besides the values of the company have nothing to do with mine.  Isn't it frustrating ?




sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Violência e Permissividade

Sabemos que ainda não domamos grande parte de nossas emoções como a razão iluminista  dizia que um dia faríamos.

Nosso comportamento muitas vezes é pautado por sentimentos de alegria, simpatia, antipatia ou raiva sem que tenhamos conhecimento de onde eles brotam.  Eles parecem, não poucas vezes, gratuitos. Nos relacionamos com coisas, animais e pessoas sem perceber o por quê da felicidade ou animosidade que sentimos em relação a elas.  Um cheiro, uma lembrança subitamente trazida à mente por conta de uma situação semelhante, muitas coisas podem nos influenciar sem percebermos na maneira como nos (in)dispomos frente a uma situação.

Há ainda os valores culturais socialmente compartilhados e os incentivos criados por estruturas de escolhas que nos pré-dispõe a dado comportamento. Podemos até não agir como é socialmente esperado, mas não podemos negar que há certa coerção da coletividade para que nossas ações e pensamentos se pautem por um padrão que pode até aceitar certa flexibilidade.

A propensão que existe em sociedades com cultura cívica(1) incipiente, como a nossa, em aceitar comportamentos  a burla da lei, o desrespeito a regras e mesmo a violência como fato da realidade inquestionável e, em certos casos, como  meios apropriados para resolver questões que envolvam conflito é o que se deseja problematizar neste pequeno texto.

Antes de entrarmos, porém na questão, não devemos esquecer outra: o papel do Estado como árbitro na promoção de soluções não-violentas de conflitos em um contexto em que esta ausente a participação cívica baseada na reciprocidade e  igualdade.   

Observamos historicamente que o Estado tem não tem servido  como moderador ou árbitro de nossos conflitos sociais. Muitas vezes funciona mesmo como um promotor de desarmonias. Basta lembrar, por exemplo, do que tem sido noticiado em relação a conflitos de terra, onde governos se utilizaram da estrutura do Estado para beneficiar grupos de interesses restrito em detrimento de outros grupos, de modo a agudizar a violência. Recentemente, a questão mais uma vez trazida à tela em torno dos grupos Guarani-Kaiowás(2) demonstra de maneira cabal como o Estado brasileiro agiu por décadas de forma a ampliar a violência e prolongá-la no tempo. 

Sem deixar de reconhecer o Estado como fonte de problemas na promoção e solução de disputas, o que nos chama a atenção é a permissividade com que a sociedade brasileira aceita a violência e seus resultados como algo que faz parte de nosso cotidiano. Valores e normas socialmente compartilhados também estão na raiz de nossas estatísticas sobre homicídios, acidentes de trânsito (que não são acidentes em sua maioria), ameaças, tentativas de morte, violência doméstica e outros mais. 

Vamos pegar duas das mais debatidas e conhecidas estatísticas da violência brasileira a título de exemplo: os chamados acidentes de trânsito e os homicídios. 

No caso dos acidentes de trânsito, os números variam dependendo se utilizamos os dados do DATASUS ou as estatísticas de seguros requeridos junto ao DPVAT, mas são enorme de uma maneira ou de outra.
O número de mortes no trânsito brasileiro em 31 anos (1980-2011) é de 980.838 pessoas (O Estado de São Paulo, 25/11/2013).  Nos últimos anos porém, estes números alcançaram a cifra anual de 40 mil mortos e mais de 400 mil feridos. A revista Veja, em uma de suas edições do ano passado, registrou em reportagem sobre o tema que somente em 2012 mais de 60 mil pessoas morreram em nossas estradas e cidades por conta do trânsito (Veja número 2.333 de 07/08/2013, p. 98 à 112).

A mesma reportagem nos revela que pelo menos 70% dos acidentes com morte envolviam o consumo de álcool por parte de algum dos condutores.

Desde a promulgação da Lei Seca sabemos que dirigir embriagado é crime, não é necessário matar ou ocorrer um acidente.
Então por que as pessoas continuam dirigindo sob efeito de álcool ? Ou melhor, precisaria de uma lei para percebermos isso ? Há algo errado com a maneira como coletivamente encaramos os comportamentos de risco e violentos.
Achamos normal beber e dirigir da mesma forma como achamos sem problema espancar presos em delegacias.

Quem dirige após beber, mesmo que acredite ser senhor da situação, precisa ter claro que sua percepção da realidade e seus reflexos foram alterados (para pior) mesmo que minimamente.   A pessoa assume o risco de matar ou ferir alguém. A possibilidade é real. Os números estão aí: motoristas bêbados matam mais que homicidas.

Lembro-me que, quando a referida Lei entrou em vigor , ouvi de colegas meus críticas a mesma sob a alegação de que era severa demais. "Qual o problema de beber um pouco e dirigir ? "
Lembro também que imediatamente formou-se uma rede via celulares e páginas socais, para avisar os lugares das blitz de trânsito. Na verdade um jeito de patrocinar a burla e o desrespeito as regras e ainda parecer uma "cara  legal e maneiro". Só esqueceram que no fundo este comportamento de  "gente esperta" tem como fundamento uma solidariedade  que prejudica a sociedade. Isto não parece coisa de quadrilha ? Inventamos até desculpas para justificar nosso mau-caratismo: "fazem estas blitzes só para o Estado arrecadar", "os policiais estão lá só para ganhar uma grana". Procuramos conciliar o comportamento  irresponsável e criminoso  com nossas consciências.

E os homicídios ? Estamos mal neste ponto também. Segundo reportagem da BBC no final 2011, o Brasil assistiu a quase 50 mil homicídios em seu território em 2010(3). Estatísticas do Mapa da Violência 2013 nos diz que 1.145.908 pessoas foram assassinadas em 31 anos (1980-2011). Some-se às estatísticas já citadas de mortes no trânsito e teremos mais de 2 milhões de vidas perdidas. Provavelmente estes números ainda tenham algum grau de sub-notificações, mas são suficientes para apontar uma sociedade que convive com a violência em um nível extraordinariamente alto(4).

Existe uma demanda dentro da sociedade para a prática da violência policial, especialmente quando estão envolvidas questões relativas a crimes contra o patrimônio e a repressão de grupos ou classes "perigosas". Sem cerrar fileira com discursos de esquerda apressados, há, contudo,  devemos reconhecer um fundo de disputa/preconceito de classes forte aí. Pouco a ver com questões raciais, opção sexual ou de gênero, como alguns tentam nos fazer acreditar.

Não se trata de levantar estatísticas e elaborar um texto normativo em que se procura distribuir deveres a este ou aquele, mas constatar que os números da violência não medram do nada. Eles brotam de uma inadequação das respostas da sociedade e do Estado a questão, por um lado, e pela da falta de problematização da própria violência ou de comportamentos a ela associados (o que acarreta, na prática uma aceitação destes comportamentos) de outro. A violência doméstica,   a violência policial, e o hábito de beber e dirigir se encaixam neste perfil.

Há também a questão de pertencermos a uma  sociedade fortemente desigual,  na qual a fraternidade é pouco mais que uma palavra. Não há confiança suficiente entre os grupos sociais para engendrarem respostas comuns.    O  oportunismo/populismo encontra campo para expandir-se, de forma a  dificultar ainda mais o surgimento de uma atmosfera capaz de propiciar respostas consensuais e democráticas.
Estabeleceu-se  um jogo de soma zero no qual  pessoas e grupos sociais vêm no aparelho estatal o instrumento para realização de políticas coercitivas e excludentes.

Não se percebe que, ao aceitarmos ou justificarmos a violência em certos momentos contra grupos dos quais acreditamos não fazer parte individualmente, promovemos seu uso  mais tarde em qualquer contexto contra todos. O policial que mata um bandido rendido hoje, amanhã irá usar a camaradagem de seus colegas para acobertá-lo quando da necessidade de se livrar de um vizinho com o qual teve uma desavença.
O bom rapaz que bebe socialmente e dirige, poderá ser aquele que subirá uma calçada com o carro desgovernado, causando danos em pessoas que por ali transitavam.
Não adianta dizer que isso é mera conjectura. Olhem os números!



(1) Entenderemos cultura cívica aqui como uma valorização positiva da pluralidade de interesses, crenças e valores presentes em uma sociedade, tendo como resultado uma ampla e disseminada confiança na cidadania e nas instituições como capazes de promoverem soluções eficazes e satisfatórios para conflitos. 

(2) Leiam as páginas http://www.ihu.unisinos.br/cepat/cepat-conjuntura/515755-conjuntura-da-semana-o-silencioso-duradouro-e-doloroso-martirio-do-povo-guarani-kaiowa e  http://anistia.org.br/direitos-humanos/blog/ação-urgente-guarani-kaiowás-ameaçados-no-brasil-2013-09-24.  

(3) http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111214_mapaviolencia_pai.shtml

(4) http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapa2013_homicidios_juventude.pdf

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A Condição Humana, filme de Masaki Kobayashi.

Há pouco mas de uma semana terminei de assistir a trilogia  "A Condição Humana" de Masaki Kobayashi.

Um filme muito bonito em termos de fotografia, e que conta com roteiro forte e interessante, ainda que trágico. 

Muito embora a trilogia tenha  mais de nove horas de duração e, em certos momentos algumas poucas cenas sejam excessivamente longas, como um todo, o filme é ótimo.  

A película trata da história de um pacifista japonês, Kaji ( com excelente interpretação de Tatsuya Nakadai) durante os anos  Segunda Guerra Mundial.  Ele  tem que optar entre servir o exército (o que bate de frente com seus valores) ou ser tachado de covarde pela sociedade à época. 
Uma alternativa lhe surge quando lhe é oferecido uma oportunidade de ajudar na administração de um campo de trabalhos forçados para chineses e coreanos. A oferta não lhe é nada agradável,  mas ele a  aceita em virtude de lhe parecer a opção menos ruim. 

Aqui iniciam suas vicissitudes. Lentamente ele começa a ser empurrado para situações em que  terá que  buscar  a conciliação entre seus valores e o papel formal dentro de  instituições que operam segundo requisitos opostos aos seus (primeiro o campo de concentração, depois; o exército). 

Não irei contar a trilogia por ela ser longa. Além do mais, vale a pena ver o filme, independente de meus comentários. 




O que mais me chamou atenção na película foi a dimensão trágica do personagem interpretado por Nakadai. 
Ele age de maneira solidária com seu semelhante. Seria o que alguns chamam de ser moral, isto é, ele busca compreender a situação alheia, de maneira a entender suas necessidades e anseios. Esta é a tônica de todo o filme,  e desde cedo sinaliza o desfecho do filme.  

Durante a primeira  parte da trilogia Kaji  se coloca a tarefa de melhorar a situação dos internos do campo de trabalhos forçados por meio do convencimento de seus administradores  de que a produção aumentará se a eles for oferecido  melhores condições de trabalho e de comida.  
Ele colhe não somente ódio e desprezo dos japoneses que administram o campo como também a desconfiança dos prisioneiros. 
Não obstante isto, ambos os lados tentam usá-lo para conseguir benesses. Em algumas cenas fica claro que mesmos os prisioneiros não o vêem senão como meio para conseguir  ganhos pessoais junto à administração do campo. Sua dimensão humana  não toca a quase ninguém. 

Destaco dois momentos da trilogia que ilustram bem isso: na primeira delas, Kaji tentar impedir o fuzilamento de prisioneiros chineses que atacaram um soldado japonês que os espancava. 
Ele vê quase que sozinho na empreitada. Apenas um outro trabalhador japonês tenta ajudá-lo.
POr fim, além de não ter conseguido evitar  a execução, ele ainda é acusado de assassinato pela namorada de um dos chineses fuzilados.  Ela jogou justamente sobre ele o ódio que sentia por todos os japoneses. 

Na  terceira parte, Kaji tentar levar a salvo um grupo de soldados do exército de Kwantung às linhas japonesas após a ofensiva soviética que destruiu a maioria das divisões daquele exército.
No caminho, eles encontram alguns civis japoneses que fogem da vingança dos chineses. Eles pedem para que lhes seja permitido acompanhar os soldados. A maioria deles, porém, não deseja a companhia de civis. Alegam que isto os atrasará. Além disso, não querem ter que dividir os escassos alimentos com eles. 
Kaji, como líder dos soldados  decide permitir que os civis os acompanhem. Ele ainda reúne as últimas porções de arroz para distribuí-las entre todos de maneira que as chances daquele grupo inteiro sobreviver aumentem.
Ele é o único que tem uma estratégia coletiva para sair daquela situação. Todos os demais, incluindo os civis, pensam exclusivamente em si e nos seus. 

Em dado momento, uma das mulheres do grupo de civis pede a Kaji que lhe de a última porção de arroz para que possa alimentar seu filho que está morrendo. Mais uma vez ele enfrenta um dilema. Dilema que somente pessoas morais enfrentam. Se lhe der a porção desejada, alimentará a criança, mas esta provavelmente morrera do mesmo jeito. Privará, ainda , os demais do alimento que precisam. 
A mãe pede, implora e chora pela porção de arroz. Kaji, entretanto, decide guardar o alimento para todos os demais. 
A criança morre. A mãe, então, o acusa de tê-la matado. Ele sabe que tomou a decisão certa, mas isto pouco alivia sua situação moral. Ninguém se aproxima dele para demonstrar solidariedade. Ele esta só novamente. Na verdade todos os demais estão aliviados que ele tenha agido como agiu, mas não desejam ter o custo de fazê-lo ou apoiá-lo. O comodismo,  a covardia e a hipocrisia se fazem presentes

Quantas vezes não passamos por momentos assim na vida, não é ? Digo, as pessoas que realmente pensam em se colocar de maneira solidária em relação ao seu semelhante. Elas sofrem e se sentem culpadas  por  não poderem realizar mais em certas situações. 
Por outro lado, são alvos  daqueles que tentam tirar proveito de seu conflito, empurrando-os para o enfrentamento de momentos em que lhes interessa certo resultado, mas não os custos.