Benvindos!

A idéia de criar este espaço surgiu aos poucos. Nasceu da necessidade de expandir o grupo de pessoas com as quais me correspondo ou com as quais converso sobre temas de interesse em comum. Desejo que seja um lugar de troca de idéias e informações, mas , sobretudo, de boa conversa, democrática e sem preconceitos. Mais uma vez, benvindos.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

ISIS and the mystification of (some) western press


Yesterday I read a CNN report on the financing of the radical group called Islamic State in Iraq and Syria (ISIS). It described the ways by which the group operated in getting money to fund their activities. You can read the report on: http://edition.cnn.com/2015/02/19/world/how-isis-makes-money/

The photos and the video  showed well armed individuals wearing bright new uniforms. They also had a  fleet of new vehicles (all of the same make and color. That's incredible! Had they got them in a sales promotion ? ), on which they transported prisoners in cages. All prisoners also standardized in orange overalls. I was impressed with the organization of this so called ISIS.


The report stated that the financial resources came from the oil well sales in areas controlled by the group, as well as by private and public properties looting and theft. What ? How  a group formed in a short time, whose main activity is to wage war and combat, managed to mount financial and administrative structure to exploit natural resources and products arising from forced expropriation in a region where people's income is low and uncertain ?  CNN do not explain!


The report tell us little. 

The truth is that the financial resources used by ISIS come from foreign(s) government(s), delivered on a silver platter to the leaders of the radical group. Or does anyone think ISIS have time to mount efficient tax collection structure to assemble a small army ? States have difficulty doing so, imagine a bunch of individuals  gathered for war and plunder!

The report mystifies the fact that foreign governments, who support ISIS are located in the Arabian Peninsula, mainly the one called Saudi Arabia. CNN cannot say it. So, it prefers to create an absurd story that an armed band (financed by a country allied with the United States)  operates based on the resources of a devastated territory. 


The Guardian follows the same misinterpretation. In a report made last year, the newspaper stated: 

"Over the past year, foreign intelligence officials had learned that Isis secured massive cashflows from the oilfields of eastern Syria, which it had commandeered in late 2012, and some of which it had sold back to the Syrian regime." (http://www.theguardian.com/world/2014/jun/15/iraq-isis-arrest-jihadists-wealth-power)


What (again) ? So, the Syrian regime, who fights the radicals, agreed to send them money if they turned the oilfield back ? 

For me, this is the old tactic of demonize two enemies in one fell swoop, as if they were the only bad guys in the story (it doesn't matter that in fact they hate each other to the point they are enemies of one another).

            Extracted from http://www.theguardian.com/world/2014/jun/15/iraq-isis-arrest-jihadists-wealth-power   


The West does not want to take responsibility for their present and past mistakes.
Supporting Orthodox monarchical regimes , like Saudi Arabia, and lend full support to Zionism has been the keynote of the foreign policy of Western countries, especially the US.
It is difficult for governments of these countries recognize that they spend billions of dollars and euros to support countries that give them problems and that, ultimately, put its own citizens at risk.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sobre um programa de entrevistas típico de nossas Tvs.

Não costumo assistir televisão. Não tenho paciência para ficar parado em frente a uma tela que me pede atenção. Só assisto programas que sei que irão tocar em algum tema de meu interesse e que  realizem abordagem inteligente sobre o mesmo (isto é, que não pressuponham que somos idiotas que não tenham nada melhor para fazer do que ficar em frente a uma TV).

Ontem, resolvi ligar a televisão de casa em horário em que normalmente estou trabalhando. Estava para começar um tal de Navegador. Salvo melhor juízo, trata-se de programa de entrevistas sobre arte contemporânea, agenda cultural pelo mundo e coisas afins.

A entrevistada era uma artista plática brasileira, da qual já ouvira falar, mas nunca me interessei em pesquisar sobre ela. Sendo assim, sentei-me e esperei conhecer um pouco de sua vida, trajetória e influências. Uma abordagem que me permitisse saber minimamente como ela chegou até aquele ponto, de ser reconhecida dentro e fora do país, e como seu estilo se desenvolveu.

Nada disso! Foi um bate-papo de botequim, nada elucidativo, de pessoas que se acham bem acima da média.

Em primeiro lugar, a ênfase do programa, a meu ver, estava mais nos efeitos técnicos computadorizados colocados à disposição dos entrevistadores e na tentativa dos mesmos (que são três. Um já bastaria, a meu ver!) de se mostrarem tanto ou mais que a entrevistada (que foi a mais comedida de todos). 

A entrevista, se é que pode ser chamada assim, começou em clima de descontração*, só pra variar. Com menos de um minuto e meio vem a primeira citação descontextualizada de pessoa que dez de cada dez que assitem o programa nunca ouviram falar. A citação surge da boca da entrevistada e a ela segue-se uma enxurrada de nomes de pessoas, lugares, estilos e links  em pouco menos de meia hora. 

Os entrevistadores não se fizeram de rogados e buscaram ansiosamente mostrar que eram pessoas cultas e bem-informadas. Disputaram entre si e com a entrevistada quem realizava o maior número de citações de pessoas e lugares, em sua maioria, de conhecimento apenas de iniciados. Falavam de Hong Kong, Londres , Miami e Tóquio como se fossem  passeios obrigatórios para todos que assistiam ao programa.

Ao invés de clareza de abordagem, assisti uma competição de falsa erudição, contabilizada por meio de citações por minuto. Puro complexo de vira-lata!
Quando ameaçava-se entrar em tópico de conteúdo, o próprio orador mudava de assunto (para algo mais leve, que não causasse sono no telespectador) ou lá vinha uma piadinha para "descontrair"o ambiente. 

Ao final, não entendi  porque a artista era importante para o cenário de arte contemporânea, nem por quê estava se apresentando nas exposições que apareceram no programa e nem qual a importância das exposições na trama da arte contemporânea.  Fiquei  com a imagem de que ela ali estava muito mais  por uma questão de agenda (como foi dito por um dos presentes a mesa logo na abertura da conversa), do que por seu trabalho. 

Falta conteúdo e gente capaz na televisão brasileira. Fala-se muito de sua técnica apurada, mas técnica sem conteúdo e apenas um saco vazio.  






* por que quase todos programas de nossas Tvs que visam abordar alguma tema fora do corriqueiro do jornalismo político e policial adotam a informalidade, os muitos risos e as piadinhas cabeças, ao invés de admitir enfoque formal, sério e de conteúdo ?  Será que é pra encobrir a falta de preparo dos entrevistadores ou é por subestimar a capacidade dos telespectadores de assistirem um programa com teor inteligente ?