Benvindos!

A idéia de criar este espaço surgiu aos poucos. Nasceu da necessidade de expandir o grupo de pessoas com as quais me correspondo ou com as quais converso sobre temas de interesse em comum. Desejo que seja um lugar de troca de idéias e informações, mas , sobretudo, de boa conversa, democrática e sem preconceitos. Mais uma vez, benvindos.



quarta-feira, 11 de julho de 2018

Voltar a um velho assunto é chato e, por vezes, vergonhoso, principalmente em um blog. Contudo, à medida que escrevo sobre algo que me incomoda ou de que eu goste, me sinto melhor e aliviado. Então vamos para o tema: dividir seu tempo e espaço com pessoas que poluem seu dia-a-dia. Sim, este assunto, infelizmente, tem tomado muito do meu tempo ultimamente. Sei que não é inteligente se deixar levar pelos problemas e necessidades alheias. Na maior parte do tempo consigo levar numa boa ter que conviver algumas horas por dia com pessoas que envenenam a vida dos demais.Entretanto, a convivência obrigatória, fruto da necessidade de trabalhar, tem levado ao limite minha capacidade de me abstrair deste tipo de gente.

Há pouco mais de um ano, trabalho em uma sala com dois sujeitos que, em termos simples e rápidos, classifico-os como maus-caracteres e sabichões. 
Um vive de pequenos golpes. Endividado até a próxima geração, não pensa em pagar suas contas, mas sim em como arranjar mais dinheiro para continuar a gastar para manter um padrão burguês de consumo que ultrapassa suas presentes condições. Reclama dos credores e ameaça processá-los caso eles o "prejudiquem". Já me dissem, como se fosse grande vantagem, que já se levantou várias vezes de restaurantes e bares sem pagar a conta. Quando cobrado, alega "esquecimento", pede desculpas e paga. Sorrindo diz que este procedimento "às vezes cola e ele sai sem pagar". Além disso, já comprou atestado médico falso e alega depressão para não ir trabalhar. 
Não à toa, poucos no trabalham têm simpatia por ele (talvez ningém mesmo o tenha em consideração). Acha que as pessoas são injustas com ele, e se faz de vítima. 
Uma vez, em uma reunião restrita a poucas pessoas, ele foi questionado sobre seu comportamento. Em segundos se fez de imcompreendido, mártir. Ficou claro para  todos que ele é um pulha.




O segundo elemento de que desejo falar, amigo do primeiro, é o sabichão. Não há assunto sobre o qual ele não  tenha uma opinião "bem fundamentada". Parece que ele tem dez mil anos de vivência. Sim, ele é mau-caráter também, mas o que sobressai nele é seu caráter padre-mestre. Quando fala sobre qualquer tema, gesticula muito e faz sua voz ganhar um ar professoral. Tem na ponta da língua resposta para tudo. Nunca o ouvi dizer a curta frase "não sei". Entretanto, na imensa maioria das vezes, fala banalidades, senso-comum e comete erros de interpretação típicos de quem tem muita opinião e pouco saber.
Outra característica sua, comum entre pessoas que vendem a imagem de sábios, é o de querer atenção quando fala, mas de não ouvir o que o outro tem para dizer (afinal, ele já sabe tudo!). Egocêntrico ao extremo, ama as próprias opiniões como se ali estivesse seu ego! 
Desconfio que, no fundo, ele sabe que não é metade do que imagina, mas prefere manter a pose. Quero dizer, acredito que ele é extremamente egocêntrico, mas não creio que chega a ser um narcisista.


Estes dois, ainda dividem entre si parte de seus defeitos. O sabichão é também mau-caráter, e o mau-caráter também acredita ser um tanto sabichão. Para piorar, como ambos precisam de platéia para seus devaneios discursivos, estas pessoas necessitam de outro(s) para reafirmarem suas condições de "esperto" e "letrudo",  advinhem a quem eles buscam entupir os ouvidos com assuntos desinteressantes e abjetos ? Pois é.
Só que eu estou cansado em dar-lhes dicas que não me interesso pelas conversas deles e nem em ter qualquer amizade com eles. Entretanto, o desespero deles para se fazerem ouvidos é tanto, que eles quase me sufocam. 
Vou ter que pedir pra trocar de sala ou mesmo sair do local onde trabalho. Minha paciência para escutar lorotas está esgotada. 
Tentarei não permitir que pessoas negativas tomem meu tempo. Só tenho que voltar a focar em meus objetivos e no trabalho. 




quinta-feira, 5 de abril de 2018

Yamí (02/08/2006 - 05/04/2018)

Este ano me impôs mais uma grande perda. Minha cadelinha Yamí faleceu durante a madrugada de hoje.
Nos últimos dias, meio que presentindo que ela poderia não viver muito tempo mais,  fiquei bem próximo a ela.


Um problema neurológico surgido em novembro passado foi o primeiro sinal de que ela não seria mais a cadela saudável, brincalhona e dinâmica que tinha sido até então.
Conseguiu ainda viver conosco alguns meses, desfrutando de carinho e atenção. Entretanto,  hoje, ela partiu de vez. Espero que fique bem onde quer que esteja, e saiba que não a esqueceremos jamais. 

                                                                  Laika, Yamí e Rudá


domingo, 11 de março de 2018

Rudá (10/04/2005 - 11/03/2018)

Hoje perdi um grande amigo. Não tenho palavras para exprimir minha tristeza pela perda de Rudá.
Felizmente ele não sofreu muito. Seu mal-estar iniciou ontem à tarde, e faleceu hoje ao final da manhã.

Foram quase treze anos juntos. Eu o recebi em casa quando tinha 4 meses de vida.
vai ser difícil me adaptar por um tempo a uma nova rotina sem ele.
Sair ao quintal e vê-lo, não será mais possível. Terei que me acostumar.




sábado, 20 de janeiro de 2018

Os Fla X Flu que vi





Eu não costumava ir muito a estádios de futebol quando adolescente ou jovem adulto, mas quando o fazia, sempre era com muito gosto e prazer!
Assisti principalmente, é claro, aos jogos de meu time do coração, o Fluminense.
E quase sempre no Maracanã. O velho estádio Mário Filho do final dos anos 80 e anos 90.
Hoje o estádio está bastante mudado. Vou pouco lá. Na verdade, depois das mudanças para a Copa de 2014, fui umas três vezes no máximo.
Entretanto, quando me mudei para  São Paulo, no início da década de 90, passei a ir menos ainda ao Maracanã, ou mesmo assistir jogos de meu time no estádio das Laranjeiras.




 Dos jogos que assisti, grande parte eram clássicos estaduais. Eram os jogos mais empolgantes para mim. A rivalidade dos clubes estaduais continuou muito forte até meados dos anos 90. Hoje, acredito, eles estão um tanto atenuadas, dada a ênfase existente no Campeonato Brasileiro e nos campeonatos que envolvem times estrangeiros.

Mas nos anos 80 e 90, ainda havia muita rivalidade entre os times do mesmo estado ou cidade. Um Flamengo X Vasco tinha mais importância para os torcedores destes clubes do que o campeonato nacional ou uma Libertadores (que à época não levava quase ninguém aos estádios).

                                                                          Zico


O meu clássico favorito era o Fla x Flu. Cheguei a ver excelentes jogos. Alguns foram bons. Nenhum foi morno ou fraco (não que eu me lembre, pelo menos!).
Infelizmente não tinha idade suficiente para ir aos estádios para ver Edinho ou Rivelino em campo, mas cheguei a ver Zico em fim de carreira, e ele ainda jogava muito. A bola, quando nele  chegava,  fazia com que todos no estádio  esticassem o pescoço, conscientes que ali, provavelmente, se iniciava uma grande jogada.
Vi também Ézio, grande e inesquecível artilheiro do tricolor. Em 1994 assisti empolgado com meu irmão mais novo (que é América) uma performance arrasadora de Ézio em um Fla x Flu que acabou 4 a 2 pro meu time (três gols dele). 

                                                                             Ézio


O mais emocionante que assisti, entretanto, foi o de 1995. Aquele 3x2 contra o Rubro-negro me deixou rouco de tanto gritar. Imagine! O empate dava o título ao Flamengo. Ganhávamos por 2 a zero já no primeiro tempo. No segundo, cedemos o empate. O gol do título surgiu de uma bola lançada na área do time rubro-negro quando não havia mais esquema tático nenhum que superasse o nervosismo e o desespero. Mas aconteceu! Renato Gaúcho colocou a bola pra dentro das redes do Flamengo com a barriga. Gol sem nenhuma elegância, que bem se diga, mas valeu!




Pena que atualmente a quantidade de jogos, os esquemas táticos que tornam os times tão iguais e sem-graças, a falta de craques e as confusões (de sempre) no futebol mal gerido, tornaram os jogos insossos.